quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009




O Grande Pastor.....

Pastor evangélico da Igreja Universal do Reino de Deus, de paletó e Bíblia na mão, Alexandre Senna subia nos púlpitos dos templos e adentrava as celas dos presídios para pregar a palavra de Deus e prestar seu testemunho de pecador arrependido. Nessa época, o espírito ia bem, mas os bicos como motoboy e pedreiro não rendiam o bastante para alimentar a carne. O jeito foi botar a carne para trabalhar.
“Já fiz cena de dupla penetração anal como passivo. Mas sou hétero.”

Daí Alexandre se apresentar como “o único ator heterossexual especializado em cenas de pornô gay passivo”. Com 27 anos de idade e oito de carreira, ele já foi penetrado em mais de 500 filmes realizados por cerca de 40 empresas (brasileiras, americanas e européias). Com o orgulho de um atleta gabando-se de um recorde olímpico, ele dá exemplos do seu talento franciscano para dar e receber:
— Eu sou hétero! — reage, muito macho.
— Explica isso! — peço.
— Eu sou ator, cara. O ator encara aquilo que lhe é encomendado. É que nem o Rodrigo Santoro. Ele não fez um travesti? Quando você tem prazer de atuar de verdade e é bom em determinado papel, você vai trabalhar em cima disso. Eu sou bom no passivo.


“Eu sou exibicionista. Sinto tesão quando a câmera liga.”

Minha criação simplória de caipira não me preparou para lidar com questões tão complexas. Então, é tudo uma questão de habilidade artística, não de orientação sexual? É isso aí, e mais um minúsculo detalhe:
Mesmo entre os atores pornôs, há quem faça piada com a história de Alexandre garantir que é muito macho mesmo após encarar vários ataques coordenados à sua porta dos fundos. O ator não liga. Ele afirma que sente prazer, sim, mas não com a penetração, e sim com a filmagem.
— Eu sou exibicionista. Sinto tesão quando a câmera liga. O exibicionista não tem prazer na relação sexual. O prazer do exibicionista vem de ser observado e das pessoas admirarem aquilo que ele faz.
Três anos depois, abraçada ao marido num evento da indústria pornográfica, Sibele, uma morena bonita, tímida e pequena de 27 anos, que em toda sua vida viu apenas um filme de sexo explícito, comenta os dilemas da sua relação:
— Eu não gosto do trabalho dele. Mas, já que ele tem que trabalhar, prefiro que faça um filme gay, porque sei que com homem ele não tem prazer. Com mulher ia ser diferente.

— Para trabalhar como ativo, o dote não ajuda muito — diz Alexandre. Seu pênis tem 13 centímetros: um tamanho normal para o padrão médio brasileiro, de 14 centímetros, mas uma estatura liliputiana para as convenções do pornô.
— No filme “The King House”, eu faço uma cena de dupla penetração anal com dois caras superdotados [ele não está falando de inteligência, galera]. Sempre passivo. Um cara tinha uma jeba de 22 centímetros e o outro tinha 24. Também já sentei num cone de trânsito até a metade.
— E você diz que é hétero? — pergunto, revelando a minha visão simplória de rapaz de
Fonte: Blog “Boteco Sujo”

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